O Janeiro Branco é uma campanha nacional voltada à conscientização sobre saúde mental. Escolhida estrategicamente para o início do ano, a iniciativa convida pessoas e organizações a refletirem sobre o cuidado com a saúde emocional, um tema que tem ganhado cada vez mais relevância com a priorização do bem-estar no ambiente corporativo.
Para as empresas, o Janeiro Branco representa uma oportunidade de iniciar ou fortalecer ações voltadas ao cuidado das pessoas, promovendo ambientes de trabalho saudáveis que beneficiam tanto o bem-estar das pessoas colaboradoras quanto os resultados do negócio.
Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que transtornos mentais, como ansiedade e depressão, impactam mais de 12% da população global economicamente ativa. No Brasil, o cenário é ainda mais crítico, com o país liderando os índices de transtornos de ansiedade no mundo. Esse panorama exige que as empresas não apenas reconheçam o problema, mas também adotem medidas concretas para prevenção e cuidado.
De acordo com uma pesquisa da InfoJobs realizada em setembrode 2024, 90% das pessoas profissionais brasileiras consideraram trocar de emprego por motivos relacionados à saúde mental, satisfação ou felicidade no trabalho. O levantamento também revelou que 56% das pessoas entrevistadas não estão felizes no atual ambiente de trabalho e 62% não se sentem psicologicamente seguras em suas empresas. Os principais fatores apontados como prejudiciais à saúde mental no ambiente de trabalho foram lideranças tóxicas (66%), cobranças excessivas (41%) e falta de reconhecimento (40%).
Além disso, um estudo da consultoria Gallup destacou que o Brasil é o quarto país com mais profissionais tristes ou com raiva diária na América Latina. 25% das pessoas brasileiras participantes relataram tristeza diária, enquanto 18% mencionaram raiva frequente, colocando o país em uma posição alarmante no ranking regional. As pessoas brasileiras também estão entre as mais estressadas da região, com 46% afirmando sentir estresse diariamente. Esses dados reforçam que, embora nem todos os problemas de saúde mental estejam relacionados ao trabalho, o ambiente profissional tem um papel significativo no bem-estar emocional das pessoas colaboradoras.
A Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que estabelece as definições e diretrizes gerais relacionadas à segurança e saúde no trabalho, foi atualizada em 30 de julho de 2024. A nova versão exige que as empresas identifiquem parâmetros psicossociais nos relatórios de gerenciamento de riscos, os quais devem ser elaborados periodicamente para garantir o cumprimento das exigências de segurança no trabalho.
Em entrevista à Agência Brasil, Rogério Araújo, secretário substituto de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), destacou: "Essa atualização é de extrema importância. As empresas precisarão gerenciar seus ambientes de trabalho para prevenir o adoecimento mental dos trabalhadores. O objetivo é evitar a sobrecarga de trabalho excessiva e promover um ambiente saudável, livre de assédio e qualquer forma de violência contra o trabalhador, seja assédio moral, sexual ou qualquer outra manifestação abusiva."
As organizações têm até o final de maio de 2025 para se adequarem às novas diretrizes. Além disso, é altamente recomendável que, até o prazo final, implementem ações como o ajuste de seus Programas de Gerenciamento de Riscos (PGR) e adotem medidas para evitar a criação de ambientes de trabalho tóxicos.
1. Capacitação de lideranças para o acolhimento
É essencial que as lideranças saibam reconhecer sinais de sofrimento emocional em suas equipes e ofereçam suporte adequado. Programas de treinamento que abordem segurança psicológica, inteligência emocional, comunicação não violenta e gestão de conflitos são fundamentais.
2. Criação de uma cultura de inclusão e bem-estar
Treinamentos em diversidade, equidade e inclusão ajudam a estabelecer ambientes respeitosos e livres de preconceitos. Isso reduz fontes de estresse relacionadas a discriminação ou exclusão.
3. Workshops sobre autocuidado e resiliência
Iniciativas como palestras e workshops sobre mindfulness, gestão de tempo e prevenção do burnout contribuem para que as pessoas colaboradoras desenvolvam ferramentas para lidar com desafios emocionais.
4. Mensuração do impacto das iniciativas
Por meio de pesquisas de clima organizacional e avaliações de bem-estar, é possível monitorar o impacto das iniciativas de saúde mental e ajustá-las conforme necessário.
• Redução de absenteísmo e turnover: Funcionários(as) que se sentem valorizados(as) e saudáveis permanecem mais tempo na organização.
• Melhoria do clima organizacional: Uma cultura que promove a saúde mental reforça o engajamento e a produtividade.
• Prevenção de custos associados a afastamentos: Investir em prevenção é mais eficiente do que lidar com as consequências de um ambiente de trabalho insalubre.
1. Promova campanhas internas: Utilize materiais educativos para conscientizar as pessoas colaboradoras sobre a importância da saúde mental.
2. Realize eventos e treinamentos: Organize palestras e workshops focados em bem-estar e autocuidado.
3. Disponibilize canais de apoio: Garanta que as pessoas colaboradoras tenham acesso a programas de assistência psicológica ou terapia.
4. Engaje as lideranças: Certifique-se de que as lideranças sejam aliadas na disseminação de uma cultura de cuidado.
O Janeiro Branco é uma oportunidade especial para que as empresas reforcem seu compromisso com o bem-estar mental das pessoas colaboradoras. Ao integrar iniciativas de treinamento e desenvolvimento, é possível criar uma cultura organizacional mais saudável, engajada e produtiva.
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