Você já passou por uma situação no trabalho em que sentiu desconforto, mas não soube ao certo por quê? Talvez tenha sido uma piada "inofensiva", um elogio sutilmente desdenhoso ou até um comentário disfarçado de preocupação. Esses pequenos atos podem parecer insignificantes, mas podem ter um impacto profundo nas relações profissionais. Estamos falando das microagressões.
As microagressões são formas sutis de preconceito que acontecem no dia a dia, muitas vezes sem que a pessoa que as comete perceba o impacto que elas têm.
São aquelas frases ou atitudes que, mesmo ditas sem intenção maliciosa, perpetuam estereótipos ou inferiorizam alguém com base em raça, gênero, orientação sexual, idade ou outras características.
O impacto das microagressões é real e pode ser devastador para o ambiente de trabalho. Neste artigo, vamos explorar como essas pequenas atitudes afetam as relações profissionais e o que as lideranças e equipes podem fazer para evitar e lidar com essas situações. Preparado(a) para entender mais sobre esse tema?
O termo "microagressões" foi cunhado na década de 1970 pelo psiquiatra Chester M. Pierce, da Universidade de Harvard, para descrever as maneiras sutis e cotidianas pelas quais as pessoas negras sofriam discriminação de pessoas não-negras. Mais tarde, em 2007, o psicólogo e professor Derald Wing Sue expandiu o conceito, incorporando outras formas de discriminação, como aquelas baseadas em gênero, orientação sexual e identidade cultural.
As microagressões podem ser descritas como "veneno invisível" no ambiente de trabalho. Elas são formas sutis de preconceito que, ao longo do tempo, desgastam quem as sofre. Embora possam parecer pequenas ou inofensivas, o efeito acumulado dessas atitudes pode ser devastador para a saúde mental e emocional das pessoas que as vivenciam.
Esses comportamentos podem se manifestar de diversas formas:
As microagressões, quando repetidas, minam a confiança e a conexão entre os membros de uma equipe. E isso pode se manifestar de várias maneiras:
Quando uma pessoa é alvo constante de microagressões, ela pode começar a se sentir desconectada do ambiente de trabalho. O resultado? Menos engajamento, motivação e, inevitavelmente, uma queda no desempenho. Afinal, é difícil se sentir valorizado(a) quando constantemente é tratado(a) de forma que te diminui ou desqualifica.
A confiança é a base de qualquer relacionamento saudável, especialmente no ambiente de trabalho. Quando microagressões ocorrem, elas criam fissuras nas relações, fazendo com que as pessoas se tornem mais cautelosas e menos propensas a colaborar. O clima de desconfiança pode comprometer o espírito de equipe e prejudicar a comunicação.
Ser alvo de microagressões frequentes pode causar um impacto significativo na saúde mental. Estresse, ansiedade e até depressão são comuns em ambientes onde esses comportamentos são recorrentes. Quem vive isso no trabalho, frequentemente se sente esgotado(a) e desanimado(a), o que afeta tanto a vida pessoal quanto a profissional.
Um ambiente tóxico, mesmo que sutil, faz com que as pessoas busquem alternativas. Pessoas que se sentem alvo de microagressões tendem a procurar por novos empregos onde possam se sentir mais respeitados e valorizados. E, para a empresa, a perda de talentos é sempre prejudicial.
Como vimos, as microagressões têm um impacto profundo nas relações profissionais e no bem-estar das equipes. As lideranças têm um papel fundamental na criação de um ambiente onde essas atitudes são reconhecidas e combatidas.
Um dos primeiros passos para lidar com as microagressões é educar as lideranças e as equipes sobre o que elas são e como podem ser evitadas. Promover treinamentos sobre diversidade, equidade e inclusão ajuda a construir um ambiente mais consciente e respeitoso.
Para combater microagressões, é importante que as pessoas se sintam à vontade para falar sobre suas experiências. Espaços de diálogo, como grupos de afinidade ou reuniões de feedback, são essenciais para que todos possam compartilhar suas percepções e sentir que suas vozes são ouvidas.
As lideranças devem se posicionar como exemplos e garantir que comportamentos inadequados sejam tratados de forma assertiva. Isso inclui estar atento(a) a atitudes problemáticas e criar uma cultura de responsabilidade, onde todos(as) se sintam responsáveis por manter um ambiente inclusivo.
Mais do que evitar microagressões, as lideranças devem promover uma cultura de respeito e empatia. Isso envolve não apenas evitar comentários ou comportamentos prejudiciais, mas também valorizar ativamente as diferenças e a diversidade dentro da equipe.
Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) são pilares fundamentais para a criação de um ambiente de trabalho onde todas as pessoas possam prosperar, independentemente de suas origens, identidades ou circunstâncias.
No entanto, as microagressões representam um grande desafio para os avanços nas iniciativas de DEI, muitas vezes agindo como forças invisíveis que enfraquecem os esforços de inclusão e perpetuam preconceitos de maneira sutil, porém destrutiva.
Iniciativas de inclusão visam garantir que todos(as) se sintam acolhidos(as) e valorizados(as) no ambiente de trabalho. No entanto, microagressões podem minar essas iniciativas ao enviar mensagens sutis de que algumas pessoas não pertencem completamente ao espaço em que estão.
Quando uma pessoa LGBTQIAPN+, por exemplo, ouve repetidamente perguntas ou comentários invasivos, ela pode começar a questionar se realmente é vista como parte integral da equipe. Essa sensação de não pertencimento impede a plena participação, comprometendo o potencial da organização em promover uma inclusão verdadeira.
Para que os programas de DEI sejam eficazes, é crucial que as lideranças adotem medidas práticas para combater as microagressões:
As microagressões, embora sutis, podem causar grandes danos nas relações profissionais e no ambiente de trabalho. Elas afetam a confiança, o engajamento e a saúde mental dos funcionários, resultando, muitas vezes, em rotatividade de talentos.
Lideranças e equipes precisam estar atentas a esses comportamentos e trabalhar ativamente para criar ambientes inclusivos, respeitosos e empáticos.
Ao combater as microagressões e promover uma cultura de respeito, as organizações podem garantir que todos(as) os(as) colaboradores(as) se sintam valorizados(as) e capacitados(as) a dar o seu melhor.
Se sua empresa busca construir um ambiente verdadeiramente inclusivo, onde cada colaborador(a) se sinta respeitado(a) e valorizado(a), conhecer as soluções de DEI da LEADedu é o primeiro passo.
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